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22/09/2025

Doces árabes ganham releitura com sabores paranaenses em projeto integrador de alunos do Senac Curitiba Centro

Descrição da imagem para acessibilidade

Os doces da culinária árabe são conhecidos pelo uso de massa filo, nozes, pistache, frutas secas e mel, além do inconfundível aroma de água de rosas e flor de laranjeira. Mas como seria unir essa tradição a sabores brasileiros e paranaenses? Esse foi o desafio proposto aos alunos da turma 313 do curso de Confeiteiro do Senac Curitiba Portão, no Projeto Integrador que marca a conclusão do curso.

Após uma imersão na cultura árabe, com pesquisas e uma visita técnica ao restaurante Oriente Árabe - o mais tradicional da capital -, os futuros confeiteiros apresentaram suas criações na última sexta-feira (19/9). O evento também celebrou os 60 anos do restaurante, fundado na década de 1960 pelo casal sírio Mohamed Moukhles Jamil Abdul Hak e Noria Heraki Abdul Hak. O primeiro endereço ficava na Rua das Flores e, desde 2003, a casa funciona no Largo da Ordem, no Centro Histórico de Curitiba.

Em homenagem à história do restaurante, participaram da avaliação final do projeto o gerente administrativo do Oriente Árabe, Fernando Ferreira Portella, e colaboradores da casa.

O gerente ressaltou a relevância do intercâmbio cultural e gastronômico durante a atividade, bem como a parceria do Senac nas atividades da Rede Empresarial do Centro Histórico de Curitiba. "Neste intercambio, os alunos foram conhecer o restaurante, provaram os pratos salgados, que são nossa especialidade, quanto os doces. Quero agradecer ao trabalho de pesquisas e pela surpresa de trazerem os insumos regionais. Os sabores ficaram muito próximos e harmonizaram com os preparos árabes. Foi uma experiencia muito enriquecedora para todos", destacou Fernando. 

A instrutora da turma, Celizet Albertini Kamei, destacou que cada Projeto Integrador envolve pesquisa, técnicas e desafios que estimulam a criatividade dos alunos. "Desta vez, nossa proposta foi conhecer os doces árabes e reinterpretá-los com ingredientes brasileiros e paranaenses. Os alunos provaram as receitas originais e, a partir delas, ajustaram suas releituras regionais, sempre respeitando a técnica e a essência da confeitaria árabe", explicou.

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Entre as criações apresentadas pelos alunos, a tradicional Baklava (massa filo com nozes) ganhou recheio de pinhão, morango e calda de tangerina; a Rahat (goma árabe feita de amido de milho) foi adaptada com suco de ponkan no lugar da água de flor de laranjeira e castanha de caju substituindo o pistache.

O aluno Carlos Eduardo Pereira escolheu o Sfouf, bolo de semolina com cúrcuma aromatizado com água de rosas e de laranjeira. Na adaptação, usou um mix de semolina e fubá, com colorau para dar cor à massa, calada de maracujá, com recheio de manjar de coco e limão siciliano.

"Foi um grande aprendizado. Tivemos que adaptar ingredientes sem perder as características originais e, além disso, aprender a conciliar ideias no trabalho em grupo. Esse tipo de desafio amplia muito a nossa formação", relatou o estudante.

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O último preparo foi uma versão especial da Basbousa (bolo de semolina doce embebida em calda, popular em todo o Oriente Médio e Norte da África), que ganhou recheio com tangerina, camomila e erva-doce em homenagem ao aniversário do restaurante Oriente Árabe. 

O evento foi finalizado com uma apresentação de dança do ventre da professora e dançarina Dih Raizel, do Estúdio Shirin, em uma celebração vibrante da cultura árabe, marcada por cores, alegria e tradição.

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Autor: Karla Santin

Fonte: Núcleo de Comunicação e Marketing - NCM