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Conteúdo
01/08/2025
Do silêncio à voz: Como romper o ciclo de abusos contra a mulher
Romper com os abusos não é simples. Não é fácil identificar,
aceitar ou agir diante de um relacionamento abusivo. O silêncio muitas vezes é
o espaço onde a dor se esconde, por medo, por vergonha, por insegurança. Mas é
possível romper o ciclo. E, mais do que isso, é possível se reconstruir.
Este texto é um convite à reflexão, ao acolhimento e à ação.
Um guia para ajudar mulheres a identificarem os sinais, se protegerem e recomeçarem com dignidade, segurança e apoio.
O que é o
ciclo da violência contra a mulher?
A violência contra a mulher nem sempre começa com gritos ou
agressões. Em muitos casos, ela segue um padrão conhecido como ciclo da
violência, com etapas que se repetem e se intensificam ao longo do tempo.
Fase de calmaria e afeto: o relacionamento parece
tranquilo, cheio de carinho e promessas. Pode haver até momentos de alegria e
conexão que fazem parecer que tudo está bem.
Fase de tensão crescente: surgem mal-estares,
mudanças de humor, atitudes desconfortáveis. A mulher sente que está sempre
pisando em ovos, mas não consegue identificar exatamente o motivo.
Fase de agressão ou conflito: uma discussão
aparentemente banal vira uma grande briga. Pode haver xingamentos, humilhações,
empurrões ou outras formas de agressão.
Fase de reconciliação: o agressor pede desculpas, diz
que vai mudar, promete que aquilo nunca mais vai acontecer. A mulher,
emocionalmente fragilizada, acredita na mudança. E o ciclo recomeça.
Sinais
internos de alerta (quando a dúvida mora dentro de você):
Mais do que observar o outro, é importante olhar para si. Um
dos sinais mais perigosos e silenciosos é a dependência emocional.
Quando a mulher acredita que precisa da presença, aprovação ou afeto do outro
para se sentir segura ou válida, ela começa a abrir mão de si mesma.
Outros sinais importantes:
Sentir
culpa constantemente, mesmo sem motivo claro.
Ter
medo de expressar o que sente ou pensa.
Se
afastar de familiares e amigos sem perceber.
Justificar
atitudes agressivas do parceiro com frases como "ele estava nervoso", "ele
teve um dia difícil", "ele me ama demais".
Esses sentimentos não são normais. São alertas.
Violências invisíveis: o que ninguém vê, mas destrói.
A violência contra a mulher nem sempre deixa marcas
visíveis. Algumas formas de abuso são tão sutis que, por muito tempo, não são
reconhecidas nem pela vítima. Mas isso não as torna menos reais ou menos
graves.
Violência psicológica disfarçada de cuidado
"Eu só quero te proteger. Por isso não gosto que você saia com suas
amigas."
Esse tipo de controle se apresenta como zelo, mas aos poucos vai restringindo a
liberdade, a autoestima e o senso de individualidade da mulher.
Violência patrimonial oculta
"Deixa que eu cuido do seu cartão."
Manipulações financeiras que impedem a mulher de ter acesso aos seus próprios
recursos, bens ou documentos, criando dependência.
Gaslighting
"Você está exagerando, como sempre."
O parceiro distorce fatos, nega agressões ou manipula situações até que a
mulher comece a duvidar de sua própria memória, percepção ou sanidade.
Violência moral em público ou nas redes sociais
"Você viu o que ela postou? Está se oferecendo."
Julgar, humilhar ou expor a mulher diante de terceiros ou online é uma forma de
controle e punição.
Silenciamento religioso ou familiar
"Você vai destruir nossa família se falar sobre isso."
Crenças e tradições são usadas como armas emocionais para impor o silêncio, o
sofrimento e a culpa.
Coerção sexual no relacionamento
"Se você me amasse, faria isso por mim."
Sexo motivado por medo ou chantagem é violência, mesmo dentro de uma relação
afetiva estável.
Violência institucional ou jurídica
"Você não parece uma vítima. Por que só agora está denunciando?"
Quando o descrédito vem de quem deveria acolher, como autoridades,
profissionais de saúde ou da justiça, a vítima é revitimizada e desestimulada a
buscar ajuda.
Violência estética no ambiente profissional
"Você só vai ser promovida se emagrecer."
Exigências de padrão estético e sexualização velada também são formas de
violência.
Tecnoviolência
Monitoramento de celular, rastreamento de localização, invasão de redes sociais
ou exposição de fotos íntimas são cada vez mais comuns e perigosos,
especialmente entre jovens.
Essas violências, embora invisíveis aos olhos, destroem
autoestima, identidade, liberdade e saúde emocional.
O que
fazer para romper o ciclo da violência contra a mulher?
Romper com o abuso é um processo. Nem sempre acontece de
forma abrupta. Mas ele começa com informação e rede de apoio. Após reconhecer
o ciclo, muitas mulheres se perguntam: e agora, pra onde eu vou? como vou
sobreviver sozinha? A resposta é que o recomeço existe, e pode ser mais
bonito do que você imagina.
Recomeçar é reconstruir autoestima, criar novas redes,
descobrir talentos e fortalecer a independência emocional e financeira.
Recomeçar é retomar o controle da sua vida.
O Senac PRestá ao seu lado nessa jornada. Nós
acreditamos na educação como ferramenta de liberdade e transformação. Por isso,
oferecemos cursos presenciais e a distância, para todas as idades e momentos de
vida, com foco em empregabilidade, empreendedorismo e autonomia.
Com o Programa Senac de Gratuidade (PSG), mulheres em
situação de vulnerabilidade podem acessar capacitação profissional sem nenhum
custo. São cursos nas áreas de beleza, saúde, gastronomia, tecnologia, gestão,
moda e muito mais.
O Senac PR também conta com o PAE - Programa de
Assistência ao Empregado, voltado para colaboradores, instrutores, alunos e
dependentes. O PAE oferece:
Atendimento
psicológico com profissionais especializados.
Orientação
jurídica e financeira sigilosa e acessível.
Apoio
em momentos de crise e fortalecimento emocional.
Com escuta qualificada e acolhimento, o PAE é um recurso
fundamental para quem precisa reorganizar sua vida com suporte humano e
técnico.
Se você identificou sinais de abuso a partir desse
material:
Observe
como você se sente emocionalmente. Medo, culpa e isolamento são sinais.
Converse
com pessoas fora da relação. O isolamento é um dos primeiros passos do
controle.
Procure
apoio jurídico ou psicológico gratuito: CEAM, DEAM, CRAS e Ligue 180 são
canais confiáveis.
Registre
ocorrências desde o primeiro sinal de agressão verbal, moral ou física.
Romper o silêncio é um ato de coragem. Recomeçar é um ato
de poder.
Você tem o direito de ser ouvida, acolhida e protegida.
Autor: Ana Cristina Menezes
Fonte: ACM - Assessoria de Comunicação e Marketing